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FAMINES IN THE INDIAN SUBCONTINENT, 1500 to 1767
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1539 (a) [+ 1540]: Cambay, southern India 1539 map
Documented causes: drought (+ war in Cambay / Khambhat]
Documented effects: heavy mortality, cannibalism, epidemic

"Cartas de Dom Joaõ de Castro, Quarto Vice Rey da India …" (in "O Investigador portuguez em Inglaterra" vol. 16, 1816)
pp280-1 (in report from Dom Joaõ de Castro at Goa to the Senhor infante Dom Luiz [i.e., I think, Luis, Duke of Beja], 30 Oct 1540): "Desde o anno de 1539 até agora em toda a India chamada Intra-Gange foi a maior esterilidade, qual nunca os homens cuidauaõ de uer, maiormente no Reion de Bisnagá, onde hé tirado a limpo, que das tres partes da gente seraõ mortas as duas de fome, e como que inda este mal nam bastaua pera uingança, e castigo dos pecados do pouo, sobreueo-lhe huma peste tam cruel, que foi couse, segundo dizem, monstruoza, e em muitas partes se uiram fazer obras irracionaes, e contra a natureza dos homens, como as Mays gostarem as carnes dos proprios Filhos, e ajuntaraõ-se os pouos, e cidadaõs, e por conselho, e parecer de todos irem-se lançar nos rios, e laguos, auendo que em escolher assi este genero de morte fugiam os trabalhos, e oppressões de outras muitas mortes.
No grande Reino de Cambaia ha ja dous annos que dura nelle a guerra civil … está a terra perdida em tamanha maneira, que parece impossiuel tornar a leuantar cabeça, a gozar da prosperidade, que soiá."
Gaspar Correa "Lendas da India" (vol. 4, 1864)
pp131-2: "1540 … N'ests anno ouve tanta fome em Choromandel que casy ficou toda a terra despouoada com mortindade da gente, e se comião huns aos outros. O que nunca tal ouve n'aquella terra, antes per toda a costa tanta auondança d'arroz que no porto de Negapatão eu vy muytas vezes carregar d'arroz pera a India passante de setecentas vellas, que carregauão passante de vinte mil moios d'arroz, e tantas galinhas que todolas naos carregauão quantos querião, que comprauão oito, sete, e seis, por hum fanão, que val menos de trinta réis. N'este anno d'esta fome os portugueses que estauão na pouoação de São Thomé fizerão muyto bem ao pouo, que acodirão com muyto arroz, e milho, e cocos, e jagra, que trazião de fóra d'outras partes em seus nauios, e o vendião na terra miudamente ao pouo, por muyto menos preço de que o puderão vender se quiserão; e alguns homens riqos em sua casas mandauão cozer muyto arroz, que desfeyto com agoa o dauão a beber á gente por amor de Deos. No que fizerão muy grande remedio na gente da terra, onde a isto acodia tanta que se nom podia tanto supprir, e cada dia amanhecião mortos polas ruas quinze, e vinte, que os portugueses mandauão enterrar por seus escrauos que pera isso ordenarão, e os metião todos juntos em huma coua, e indaque os nom enterrassem nom apodrecião nem fedião, porque já quando morrião nom tinhão carne, sómente os ossos. A qual fome durou hum anno, e a ouve per outras partes, mas nom tanto como em Choromandel. Foy sabedor ElRey de Bisnegá, que he senhor d'esta terra, da humanidade e esmolas que os portugueses fizerão com as gentes da terra; com que muyto folgou, e mandou sua ola de agardecimentos aos moradores de São Thomé. N'este mesmo anno ouve tanta falta de mantimentos nos portos do Estreito, que em Adem valeo hum fardo d'arroz corenta xarafys, que tem valia de cruzado; com que os da cidade muyto apertarão e guerrearão os rumes que estauão na fortaleza, e de todo os tomarão á fome se lhe não acodirão mantimento em naos de Cambaya, que elles tomarão no mar com fustas que pera isso trazião."
B. Lewis Rice "Epigraphia Carnatica, vol. IV. Inscriptions in the Mysore District" (pt. 2, 1898)
Chamarajnagar Taluq, inscription 108 (1540 CE): "At ... Hondarabal (Haradanahalli hobli) … on a stone in Mari-Deva's field."

"By order of the true Channa-Basava-Raja-Deva of the ancient place of the great high priest of the Umattur upparige-simhasana, Kala-Mallikarjuna-Deva and parupatyagara Kempina-Liugan-Odeyar-Deva, uniting, had the well repaired. At that time, all grains sold at 7 mana for 1 hana, and men ate men: then they did this."

Introduction pp27-28: "As a mana is half a ser (seer) or measure, and a hana equal to 4 annas 8 pies, the price of grain was apparently 12 seers for the rupee in modern currency; but the different value of money [so many] years ago, and the different capacity of seer measures, must be taken into consideration."
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